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Mostrando postagens de abril, 2022

Como fazer diagnóstico de miocárdio não compactado pelo ecocardiograma? Os critérios de Jenni

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Por Mardson Medeiros  / Série: trabalhos clássicos  / O termo Miocárdio Não Compactado (MNC) refere-se a um fenótipo cardíaco, caracterizado por trabeculações proeminentes no ventrículo com recessos intertrabeculares profundos. O miocárdio não compactado do ventrículo esquerdo (MNCVE) foi previamente chamado de miocárdio esponjoso, mas este termo não tem sido mais utilizado. Por definição, MNCVE ocorre na ausência de outra anormalidade congênita cardíaca.  Somente a presença das trabeculações por si pode não ser suficiente para desenvolver manifestações clínicas. Deste modo, os pacientes podem estar assintomáticos ou apresentar sintomas de insuficiência cardíaca, arritmias ventriculares ou eventos tromboembólicos.  1 A prevalência, dentre os pacientes que realizam ecocardiograma, é menor que 1%. 2 O diagnóstico pode ser realizado através de ecocardiograma ou ressonância magnética cardíaca. Duas décadas atrás, Jenni e colaboradores, na Universidade de Zurich, realizaram ecocardiogramas

Conhece a prótese mecânica com INR alvo entre 1,5 e 2,0?

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Por Mardson Medeiros   / No ano de 2018, foi publicado no JACC um trabalho que testava estratégias de terapias antiagregantes e anticoagulantes para a prótese mecânica On-X ® , que é constituída por um material de carbono pirolítico puro, com pivô mais liso e menos susceptível a eventos trombogênicos. A plausibilidade biológica era de que, com um novo material menos trombogênico, seria possível reduzir o INR alvo ou, quem sabe, usar somente AAS e clopidogrel. O PROACT trial foi um estudo multicêntrico, prospectivo, randomizado, aberto, de não-inferioridade, realizado entre os anos de 2006 e 2014, com 576 pacientes. Os pacientes foram divididos em um grupo de baixo risco tromboembólico e outro de alto risco . No grupo de baixo risco, não podiam entrar pacientes com histórico de fibrilação atrial crônica, FEVE < 30%, átrio esquerdo maior que 50 mm, contraste atrial espontâneo ao ecocardiograma, doença vascular significativa, eventos neurológicos há menos de 1 ano, hipercoagulabilidad

Hipofosfatemia pode causar ou piorar insuficiência cardíaca?

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Por Mardson Medeiros  / Hipofosfatemia pode estar presente em até 5% dos pacientes internados (níveis menores do que 2,5 mg/dL ou 0,80 mmol/L). Prevalências maiores podem ser encontradas em pacientes com abuso de álcool, sépticos ou vítimas de trauma. Hipofosfatemia severa (menor que 1 mg/dL ou 0,32 mmol/L) são menos frequentes e podem levar a sintomas mentais ou físicos. Há quatro mecanismos principais, que podem causar hipofosfatemia: - redistribuição do fosfato do extracelular para o intracelular , como ocorre na estimulação da glicólise (administração de insulina, glicose, glucagon ou epinefrina); - redução da absorção intestinal de fósforo  (diarreia crônica, uso prolongado de antiácidos) - aumento da excreção urinária de fósforo  (hiperparatireoidismo, deficiência de vitamina D e síndromes raras como a de Fanconi, que causam perda renal de fósforo. Outras causas seriam diurese osmótica, administração venosa de ferro e alguns agentes quimioterápicos); - Remoção através das sessões